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Gilse, uma das Moças de Minas

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- COMADRE NENÊ, ISSO É CRUPE! Chama o compadre Soneca e leva já a menina pra cidade senão ela vai morrer!

Levaram, de charrete, a menina que as placas brancas da difteria estavam sufocando. Voltou curada.

Os conhecimentos médicos de Gilse não iam muito além das sumárias bulas de remédios, de algumas informações caseiras e dos conselhos do livro As plantas curam, que tivera o cuidado de trazer consigo. Eram conhecimentos simplórios, em todo caso suficientes para salvar a vida da filha da comadre Nenê e resolver alguns problemas simples que, para aquele povo pobre e deserdado, representavam verdadeiro tormento e, por vezes, a morte.

Com isso, ganhou notoriedade como uma espécie de curandeira. Enfermos batiam à sua porta procurando tratamento. Uma vez chamaram-na para cuidar de uma menina com o corpo inteiro tomado por feridas. O cabelo havia caído. Gilse, previdente, trouxera de Belo Horizonte pequeno estojo de medicamentos básicos. Curou a menina com banhos e aplicações de Hipoglós. Foi sofrido. Mexia nas enormes feridas purulentas e corria para a porta, vomitar. Mas curou. E a fama cresceu.

Grávida de seis meses, o voluntariado de padrinhos e madrinhas aumentava dia-a-dia. Os presentes eram fartos. Galinhas, porcos, cabritos em agradecimento aos préstimos de dona Ceci – nome que Gilse adotara na região.

Apresentara-se, desde o início, como quem houvesse morado no bairro proletário de Goreti, em Belo Horizonte, e, diante da difícil situação de vida, resolvera, com o marido Abel, tentar a sorte no campo. Assim, os campônios não se surpreenderiam com seus conhecimentos, nem com o indisfarçável jeito urbano que, por mais que desejasse, Gilse não conseguia abandonar de todo.

Desde que recebera – e aceitara – a missão de transferir-se para o campo, nunca alimentara dúvida sobre a nova política adotada pela organização. O caminho mais apropriado para realizar a revolução era exatamente o que ela e uma porção de outros companheiros estavam percorrendo: integrar-se com os camponeses, despertar neles a consciência política, persuadi-los a realizar a guerra popular que, finalmente, libertaria o país e criaria vida nova para o povo.

O que, de fato, a atormentava era a verdadeira transmutação que deveria operar para deslocar-se da cidade para o campo. Por vezes sentia-se insegura. Não era fácil cortar os vínculos que a ligavam tão visceralmente à cidade, renunciar a hábitos e costumes cristalizados para tornar-se uma camponesa.

Por isso, a inesperada popularidade, a facilitar em muito sua integração com os camponeses, encheu-a de alegria. Estava radiante, sentia-se vitoriosa.

Isso, de certo modo, aliviava os transtornos da gravidez que, desde o início, não ia bem.

Desde que viajara para a região, nos primeiros dias de outubro de 1968, submetera-se a provas difíceis, a começar pela caminhada de muitos quilômetros do ponto em que desceu do ônibus – e encontrou Abel – entre Coronel Fabriciano e Caratinga, na região de Ipatinga, até o minúsculo povoado que os camponeses denominavam simplesmente de “rua”, em torno do qual se espraiava a área de parceiros em que deveria fixar-se. Caminhada torturante. Chuvas torrenciais enlamearam os caminhos, a muito custo Gilse vencia o barro, volta e meia atolava em buracos, sofria ânsias de vômito. Das janelas dos ranchos com os quais de quando em quando cruzavam, surgiam figuras magras e desalinhadas a espreitar, curiosas, o casal que lutava contra a estrada lamacenta.

Abel, que há mais de mês chegara na área, já trabalhava como parceiro e havia conseguido uma casa de chão batido, três cômodos, mobiliada com mesa, banquetas, armários, cama e prateleiras que ele próprio construíra. Ali Gilse juntou-se ao marido.

No início, a vida no campo foi cheia de surpresas e revelações. Mas logo se tornou monótona, enfadonha, dia após dia numa repetição tediosa e absoluta ausência de novidades. Ás cinco da manhã estavam de pé. Abel seguia para o trabalho. Gilse lidava em casa, entretida em buscar água num riacho próximo, lavar roupa, preparar o almoço, fazer limpeza, a rotina implacável de todas as mulheres. Por volta das dez horas, juntava-se às outras e percorria os quase dois quilômetros que separavam a casa do local de trabalho do marido para levar-lhe a marmita. Ali mesmo almoçava para, em seguida, retornar à trabalheira doméstica. Cotidiano pesado e embrutecedor. Mas Gilse não tinha como fugir dele, inevitável arcar com essas responsabilidades que só terminavam após as quatro da tarde, quando Abel retornava da roça. Aí, então, dedicavam-se, frequentemente, a percorrer a vizinhança. Era a oportunidade para estreitar relações, atender um caso ou outro de doença, puxar um dedo de prosa, conhecer as pessoas e levantar os problemas.

Quando não tinham compromissos noturnos, colocavam em dia os assuntos políticos, os planos para a área. À luz da lamparina, passavam horas esquadrinhando a situação da região, os problemas existentes, as formas de atuação e a evolução do trabalho. Preocupavam-se, também, em estudar. De um saco plástico que mantinham guardado entre o colchão e o estrado da cama, retiravam pequeno maço de documentos que discorriam sobre a integração na produção, a luta de massas, a formação do partido e a guerra popular. Era costume quase diário sintonizar a longínqua rádio Pequim. Acercavam-se do rádio, rodavam lentamente o dial, ouvido pregado no alto-falante, até que, em meio ao chiado, emergia a voz familiar: “Aqui, rádio Pequim” e os acordes da Internacional. Captavam também as emissões em português da rádio Tirana e da BBC, mantendo-se razoavelmente informados do que se passava no Brasil para além da vigilante e severa censura militar.

Ouvir essas emissões infundia ânimo. Muitas vezes Gilse sentia-se aflita. A voz que vinha, tênue e fugidia do outro lado do mundo, trazia apelo irrecusável. Tinha o poder de espantar fantasmas, iluminar o futuro, retemperar o espírito. A lamparina bruxuleava luz mortiça, exalava cheiro forte de querosene. O silêncio era sepulcral, a noite revolvia-se em sombras. Gilse ruminava os problemas da vida, o sacrifício enorme, o trabalho lerdo. Habituada à agilidade da vida urbana e do movimento estudantil, à fulminante radicalização, às respostas rápidas aos apelos das lideranças, custava a acostumar-se à vagareza com que a vida transcorria naquele ponto perdido do campo mineiro. O atraso político, a miséria, a ignorância, o misticismo, a quase paralisia da vida, tudo aquilo por vezes golpeava sua confiança. Abel, integrado aos homens, conseguia, quando muito, conversar sobre sua proposta de mutirão. Ela, com as mulheres, não avançava além de algumas idéias simples para racionalizar a vida e os aconselhamentos médicos. O tempo passava e quase não se saía do lugar. Era pouco para quem tinha urgência em transformar o mundo.

Gilse remoía esses pensamentos. Mas logo concentrava-se na idéia de que tudo estava previsto. A integração seria por longo tempo. Afinal, desejavam instaurar a guerra popular. Não eram voluntaristas, não acreditavam nas mirabolantes promessas do foco insurrecional que, apesar da recente morte de Guevara nas selvas da Bolívia, estava fascinando boa parte da esquerda brasileira. Aferrava-se a essa convicção: a guerra era necessária, sim, mas conduzida pelo povo consciente. Algo prolongado e duro. Teriam de ter paciência, educar sentimentos, disciplinar impulsos e temperar o espírito.

Em meados de fevereiro de 1969 receberam, em código pelo rádio, a informação que confirmava a reunião de avaliação do trabalho camponês marcada para o dia 26, em Belo Horizonte. Partiram para a capital. Na rodoviária, Gilse postou-se diante de um espelho pela primeira vez nos últimos meses. Assustou-se. Magra, a barriga enorme que mal podia sustentar, o rosto coberto por manchas escuras, os cabelos desalinhados que o próprio Abel costumava aparar, retrato mais que lastimável.

Após o sobressalto, aliviou-se ao lembrar que, dentro em pouco, tudo passaria. Em abril teria a criança ao lado da irmã Gilda, no Rio de Janeiro. Em dois meses, portanto, o suplício chegaria ao fim. Era o que imaginava.

 

Em fins de 1966, a Ação Popular (AP) começou a pensar no deslocamento de sua ação política dos setores médios urbanos, sobretudo do movimento estudantil – seu espaço tradicional – para o campesinato e o operariado. A proposta de integração na produção teve o efeito de um petardo devastador. Alguns militantes, aturdidos, entraram imediatamente em crise. Outros recusaram, de pronto, a perspectiva que, irremediavelmente, os afastaria das profissões que estavam iniciando ou para as quais se preparavam nas universidades, e da vida assegurada por sua condição de classe média. Outra parte – esta mais vasta – aceitou o desafio até com certa excitação pela possibilidade de atuar junto às classes consideradas mais genuinamente revolucionárias.

Gilse Cosenza contava, então, 23 anos. Em um ano deixaria a universidade. Diplomada assistente social, a questão era: que rumo tomar? De uma coisa tinha certeza: a luta revolucionária a que aderira cedo exigiria dela mais que o bom exercício profissional. Mas exigiria o quê? Futuro incerto, pouco delineado. Gilse conseguia vislumbrar nele uma idéia vaga demais, pouco palpável: a revolução da qual desejava participar. Por isso recebeu, como aceno providencial, a proposta de deslocamento para uma área operária sugerida, em meados de 1967, por um dirigente nacional. Optara pelo serviço social como profissão para melhor alinhar-se à luta do povo. Dentro em pouco, estaria integrada a ele como jamais imaginara. Era difícil conter o entusiasmo.

Há quase quatro anos ingressara na AP, decisão pouco refletida, de incontida indignação com o recém-desfechado golpe militar.

Gilse prestara o vestibular no início de 1964. Em março, mal as aulas iniciaram, sobreveio o golpe. Os estudantes reagiram, lançaram manifesto, saíram em passeata em defesa da legalidade. Mas o povo estava atônito, sem disposição nem organização para resistir. Na ausência de com quem se unir, os estudantes não tiveram outra alternativa senão bater em retirada de volta às escolas. Mas não renunciaram à idéia de resistir à ditadura que substituíra o governo constitucional deposto pelos militares. Eram jovens, em sua maioria comprometidos com as reformas de base ou, pelo menos, influenciados pelo espírito modernizador, democrático e nacionalista de que eram, em certa medida, portadoras. Insuportável crer que tudo ruíra por terra,  que o futuro estava liquidado. Era necessário reagir.

No dia 1o de abril, Gilse trocou a Juventude Estudantil Católica (JEC), onde atuara desde os tempos do Instituto de Educação de Belo Horizonte, e a Juventude Universitária Católica (JUC), na qual ingressara logo após a aprovação no vestibular, pela AP, organização política clandestina que lhe pareceu mais eficaz do que os organismos da Ação Católica dentro de um quadro de radicalização.

Os primeiros anos foram duros. A indignação dos estudantes logo esgarçou-se na atmosfera de um país impregnado de ódio. Prisões, torturas, suspensões de direitos políticos, cassações de mandatos parlamentares, perseguições generalizadas, tudo isso disseminava medo e recolhimento.

Ainda assim, grupos mais arrojados mantinham-se dispostos a lutar. Na Faculdade de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais, Gilse participou ativamente da reorganização do centro acadêmico. O movimento estudantil tentava reerguer-se, mas só em 1966 apresentaria os primeiros indícios de renascimento. A calourada reunira mais de dois mil estudantes em passeata pela avenida Afonso Pena. A repressão perseguiu-os para espancá-los até mesmo no interior da igreja de São José. Em protesto à violência em Minas, a UNE mobilizou estudantes de outras capitais. Eram as  “setembradas”. Gilse já era vice-presidente do DCE da UCMG.

Gilse era uma jovem alegre e extrovertida, o oposto de certo estereótipo de militante muito em voga na época, esquisitão, geralmente refratário ao que não fosse política. Já em 1963 prestara concurso e passara a lecionar em escolas do Estado, prosseguia seus estudos de piano, agora no Conservatório de Música de Belo Horizonte, estudava pintura e praticava dança moderna no Minas Tênis Club e, sobretudo, não perdia os bailes nos finais de semana.

Essa ávida relação com a vida a acompanhara desde a pequena Paraguaçu, no Sul de Minas,  onde nascera em dezembro de 1943, a terceira da vasta prole de 11 filhos do comerciante José Nicodemo Cosenza e Simone, que abandonara o magistério para casar.

Tanto no Colégio das Irmãs da Providência, em Paraguaçu, onde completou o primário, quanto no Colégio Santos Anjos, em Varginha, onde cursou o ginásio, conseguiu manter desempenho escolar irrepreensível – era conhecida como “a menina do primeiro lugar” – e, ao mesmo tempo, a sequiosa disposição de absorver tudo o que a vida pudesse lhe oferecer.

Desde pequena estudava piano, tomava aulas de pintura e, mais do que tudo, lia, lia muito para decifrar os segredos do mundo. A princípio avançou sobre a biblioteca do pai e devorou os volumes do Tesouro da juventude, alguns livros religiosos, biografias de vultos eméritos. Depois, graças à falsificação da assinatura de Nicodemo, teve acesso à biblioteca do Ideal Club, mais farta e diversificada. Lia de madrugada os livros vetados pelo índex paterno, sob a luz da Lua que bordejava a janela onde permanecia dependurada horas a fio.

José Nicodemo era dono da melhor loja de Paraguaçu e, junto com os cafeicultores e os proprietários da tecelagem, compunha a próspera e respeitável elite da cidade. Era profundamente católico e muito conservador. Chefiava com mão-de-ferro uma família constituída em moldes rígidos, que prontamente reagia à menor ameaça renovadora. Admirava a cultura – ele próprio ostentava formação intelectual razoavelmente vasta – e sempre estimulava nos filhos o gosto pela leitura. Quanto às filhas, desejava-as cultas, mas sem que isso rompesse com o papel a elas destinado de boas donas-de-casa, mães e esposas devotadas, especialmente recatadas e tementes a Deus.

Como não era exatamente este o destino que Gilse imaginava para si, e dada a inflexível intransigência do pai, logo o confronto se estabeleceu.

Ainda assim Gilse devia ao pai alguns pressupostos de vida que lhe valeriam muito no futuro: o valor do trabalho, a condenação do ócio e do parasitismo, a honestidade visceral, o amor à cultura, o senso de justiça que se indignava com os desníveis sociais e, mais do que tudo, a obrigação de jamais renunciar a seu convencimento pessoal, à sua consciência. Se o pai empregou esses pressupostos para estabelecer uma vida de trabalho e filantropia, a filha gradualmente os radicalizou para sustentar, mais tarde, a opção revolucionária.

Gilse não parecia disposta a renunciar à independência que, a muito custo, vinha construindo desde a infância em Paraguaçu. Chegou a Belo Horizonte em 1960 para ingressar no Instituto de Educação. O contato com a JEC, à qual logo aderiu, consolidou a idéia de que as injustiças sociais não estavam de acordo com a vontade divina, e aos cristãos cabia transformar o mundo para construir, na Terra, o reino de Deus. O arejado ideário da JEC colocou-a diante da necessidade das reformas políticas para a transformação social.

Gilse, à época, já era independente. Seu comportamento destacava-se na conservadora Belo Horizonte. Não se apartava das arrojadas minissaias, andava na garupa das lambretas dos rapazes. Tudo isso a fazia admirada pelos colegas, que viam nela o ideal que se opunha aos rígidos princípios do arcaico tradicionalismo mineiro que não conseguiam superar. Os meninos a respeitavam, mais assustados que admirados. Um deles, certa feita, confessou: “Gilse, você é uma ótima companheira, mas não é mulher para se casar. Se você fosse a única mulher do mundo, eu seria obrigado a ficar solteiro”.

A luta pela autonomia custava caro. O pai insurgia-se contra suas roupas, contra o jeito extrovertido que, aos olhos do conservador, significavam imperdoável ruptura com o recato feminino. Detestava seus cabelos compridos e, em 1963, chegou a proibir que ela prestasse vestibular. “Universidade é lugar para homem”, sentenciou Nicodemo, o que a obrigou a lecionar para sustentar, ela própria, seu projeto universitário.

Manter-se independente era contrapor-se à imagem da mãe, submetida à dura subalternidade numa família inflexivelmente patriarcal, tendo que enfrentar 13 gestações e criar 11 filhos, vivendo quase o tempo todo com uma criança na barriga, outra no colo, assoberbada com o trabalho doméstico, tendo problemas financeiros permanentes, dependendo da autorização do marido para tudo, trancada dentro de casa entre fraldas, cueiros e crianças. Tanto pavor causava-lhe a vida da mãe que, apesar de namorar bastante, desde cedo tomara a decisão que imaginava irrecorrível: jamais se casar. O casamento, julgava, a conduziria fatalmente a uma vida semelhante à da mãe e isso lhe provocava calafrios.

Admitiu casar-se apenas quando conheceu Abel, no porão do Convento dos Franciscanos, em Belo Horizonte, durante o 28o Congresso da UNE. O rapaz trocara a ortodoxia conservadora do seminário de D. Sigaud, em Diamantina, pelos ares mais liberais da Faculdade de Economia da UFMG. Foi a serenidade de Abel e seu respeito à independência de Gilse que a fez renunciar à idéia do celibato e casar, em janeiro de 1968, numa cerimônia em que também se casaram a irmã Gilda e um amigo de Abel, o Henriquinho, anos mais tarde famoso como Henfil. Casaram, ambas, com um vestido branco de barra acima do joelho, veuzinho miúdo, um escândalo. Menor, no entanto, que as minissaias inicialmente pretendidas.

Quando aceitou seu deslocamento para o trabalho operário, Gilse dividia com Abel uma casinha no bairro da Floresta e estagiava na Febem. Mas ficou encarregada de atuar em outro bairro – Goreti – para onde logo se mudou, pois a atuação no movimento estudantil lhe valera processo e prisão preventiva. Abandonou o estágio na Febem e ingressou na clandestinidade.

A vida em Goreti garantia-lhe providencial anonimato. Conseguiu ingressar numa turma de aprendizes da tecelagem Renascença. Trabalhava duro em máquinas cujo ponto arrebentava toda hora, em meio a ruído ensurdecedor e a umidade que lhe corroía os ossos. Mas não foi difícil apresentar performance melhor que as demais operárias. Tanto que logo foi promovida para a bobinadeira. Teria permanecido na fábrica, não fosse a insistência de um feitor de levá-la para a cama. Deixou a Renascença em agosto de 1968, no instante em que a AP tratava dos deslocamentos para o campo.