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Movimento quer a mudança do nome do Estádio do Engenhão, para João Saldanha

A comprovação pela Suprema Corte da Suíça de que o ex-presidente da Fifa João Havelange e o então presidente da CBF, seu ex-genro Ricardo Teixeira, receberam propina da empresa suíça de marketing esportivo ISL para facilitar a aquisição de direitos de transmissão de partidas, constrangeu ainda mais os cariocas.

João Saldanha (1917-1990), foi um jornalista apaixonado por futebol, pelo Botafogo e pelas causas sociais. Sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) é apontada como motivo de sua demissão como técnico da seleção brasileira, um ano antes da Copa de 1970.

João Havelange, 96 anos. Presidiu a antiga CBD (1956-1974). No período, o Brasil ganhou as Copas de 1958, 1962 e 1970. Em 1969, demitiu Saldanha. Foi presidente da Fifa (1974-1978).

De acordo a Justiça da Suíça, recebeu subornos de R$ 3 milhões de empresa de marketing
Especialmente os botafoguenses, que viram o Engenhão, estádio do qual o time da estrela solitária é concessionário, ser batizado com o nome de Havelange – denunciado por ter recebido 1,5 milhão de francos suíços “por fora”.

Algumas organizações começaram a defender a troca de nome do Engenhão para Estádio Olímpico João Saldanha. O Núcleo de Estudos e Projetos de Esporte e Cidadania lançou um abaixo-assinado na internet para pedir à Prefeitura do Rio de Janeiro a mudança.

Até o final de agosto, o endereço do abaixo-assinado na web tinha alcançado 5.700 assinaturas.

Para o biógrafo André Iki Siqueira, autor de João Saldanha – Uma Vida em Jogo e do elogiado documentário João, Saldanha agrada a todas as torcidas: “O Engenhão é do Rio e de todas as torcidas. Saldanha era Botafogo e de todas as torcidas”.

O jornalista não gostava de Havelange desde os anos 1940. O cartola era um tricolor infiltrado – jogava polo no clube de regatas do Botafogo porque o Fluminense não tinha esportes aquáticos. Quando presidia a Confederação Brasileira de Desportos, Havelange o contratou como técnico para recuperar a seleção do vexame de 1966 e blindá-la de críticas da imprensa.

Mas o demitiu antes da Copa de 1970. Nas eliminatórias, Saldanha classificou o time com 100% de aproveitamento.

Fonte: Revista Forum