Para desgosto de gente interessada em cultura como o jornalista Marcus Prado, a maioria dos pernambucanos deve se perguntar, mas o que o tal Schenberg tem a ver com esse lado de baixo do Equador? Tudo. Começa que é recifense de nascimento (1914) e tem como semelhança com outros grandes gênios da terrinha o fato de não passar de ilustre desconhecido, o que, mais do que uma lástima, é um vexame.

Que o diga a pesquisadora visitante do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo, a física e pesquisadora Amélia Império Hamburger, que tem o livro Obra Científica de Mário Schenberg – Volume 1 – de 1936 a 1948 entre os dez finalistas do 5º Prêmio Jabuti na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática. Especialista na área de História da Ciência, a professora não apenas pesquisa a obra de figuras de importância inquestionável nos primórdios da física moderna no Brasil como teve contato com várias delas, incluindo o próprio Schenberg. Mas o livro de Amélia não é o único capaz de ajudar os conterrâneos do físico a enxergar o valor da herança deixada para o mundo.

Em 1998, a SBPC publicou a obra Cientistas do Brasil, onde estão entrevistas com vários desses gênios. E para contribuir com a tarefa de lançar mais luz sobre a importância da obra de Schenberg, falecido em 1990, Prado se dedica a finalizar DVD no qual trabalha há muito tempo. Pode ajudar a diminuir o vexame – e a dívida.

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Fonte: Diário de Pernambuco