Não poderão ser conseguido os avanços que se requerem na esfera do desarmamento, o controle de armamentos e a não proliferação de armas, mediante o aplicativo de medidas unilaterais ou acordos bilaterais ou regionais, expressou Pedro Núñez, diretor geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério cubano de Relações Exteriores.

Ao intervir no segmento de alto nível da Conferência de Desarmamento, declarou que são imprescindíveis o multilateralismo e as soluções políticas negociadas nos organismos, de conformidade com a Carta das Nações Unidas.

Apoiamos o início urgente de negociações multilaterais para a pronta conclusão de uma Convenção que disponha a proibição e eliminação de todas as armas nucleares em um prazo de tempo estabelecido, enfatizou Núñez.

Destacou que o uso ou ameaça de uso de armas nucleares, sob qualquer circunstância, é uma violação do Direito Internacional e um crime de lesa humanidade.

Devem ser detido os programas de modernização dos arsenais nucleares e eliminar-se o papel de tais armas nas doutrinas militares e as políticas de segurança. A única garantia absoluta contra seu uso ou sua ameaça de emprego é sua total eliminação, afirmou.

O diretor reafirmou que para preservar a paz e para a sobrevivência da humanidade, “é nosso dever garantir que as armas nucleares não sejam utilizadas de novo sob nenhuma circunstância”.

A Conferência de Desarmamento tem um importante mandato e deve cumprí-lo. Os desafios para conseguí-lo não são insuperáveis. Urge que a Conferência adote um programa de trabalho amplo e balanceado, que tome em conta as prioridades reais em matéria de desarmamento, acrescentou.

Os membros da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, fortalecida com sua proclamação formal como Zona de Paz -em 2014-, estamos firmemente comprometidos com o desarmamento nuclear como objetivo prioritário, assegurou Núñez.
________

Fonte: Prensa Latina