Em 15 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel, mediante a expulsão de 800 mil palestinos de suas casas e destruição de cerca de 500 aldeias e vilas em que viviam. Isso deu origem à mais longa ocupação da era contemporânea e ao problema dos refugiados palestinos – hoje, há cerca de 5 milhões vivendo em campos a um raio de 150km, impedidos do direito de retornar as suas terras. Por essa razão, o dia 15 de maio é considerado pelos árabes a data da nakba (catástrofe palestina). No mundo todo, realizam-se atos nesse dia para lembrar e denunciar a colonização e o apartheid em terras palestinas até os dias atuais e exigir de governos que atendam ao chamado por boicote a Israel, aos moldes do que foi feito contra o apartheid na África do Sul. É o momento também de homenagear um povo que se recusa a ser esquecido e apagado do mapa. Na Palestina, em que todos os direitos humanos fundamentais são violados, o simples ato de ir ao trabalho e à escola são resistência.
Em São Paulo, o ato pelos 67 anos da nakba ocorrerá nesta sexta-feira (15), na Av. Paulista, esquina com a Rua Augusta (em frente ao Banco Safra). Na ocasião, haverá testemunhos de integrantes da recente missão humanitária à Palestina ocupada, do Fórum Social Mundial.

Campanha pela libertação de Islam Hamed

O Estado de Israel mantém arbitrariamente 7 mil palestinos presos políticos, incluindo mulheres e crianças. Entre os presos políticos, submetidos a violações de direitos humanos fundamentais, encontra-se o brasileiro-palestino Islam Hamed – este preso pela ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Islam Hamed tem 30 anos e tem passado a maior parte de sua vida na prisão, sem ter cometido qualquer crime. Aos 17 anos, foi preso pela primeira vez por Israel, por jogar pedras em tanques israelenses. Ficou cinco anos no cárcere e desde então, ficou apenas poucos meses livre, sem qualquer acusação formal. Em protesto contra a sua situação e reivindicando que o Brasil o traga para ter uma vida com dignidade, Islam Hamed está em greve de fome há mais de 30 dias – desde 11 de abril último. Uma campanha exige que o governo brasileiro o traga imediatamente, antes que seja tarde; ele corre risco de morte. Essa reivindicação já chegou à presidenta Dilma e a família no Brasil ainda aguarda que seja atendida. A Frente em Defesa do Povo Palestino endossa a campanha chamada pela recente missão humanitária à Palestina ocupada, do Fórum Social Mundial, e fará esse chamado também durante o ato pelos 67 anos da nakba.

Serviço:
ATO PÚBLICO
67 ANOS DA NAKBA: LEMBRAR E RESISTIR
SEXTA-FEIRA, 15 DE MAIO DE 2015 
17H
AV. PAULISTA, ESQUINA DA RUA AUGUSTA (EM FRENTE AO BANCO SAFRA)

Mais informações sobre as campanhas e ações na página do facebook: Frente em Defesa do Povo Palestino