“Em meio século temos meio satélite”

Na opinião da pesquisadora, o programa espacial brasileiro, que já tem 50 anos (inaugurado à época da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, na Guerra Fria), não conseguiu obter resultados em cinco décadas. “Temos meio satélite e 0,4 de um foguete lançador”, criticou.

Para ela, o escopo do programa não é bem definido. “Eleger um nicho pode ser uma possibilidade para ser bom e competitivo em alguma coisa”, recomendou em entrevista à Agência Brasil.

A restrição das atividades do programa espacial contraria, no entanto, a Estratégia Nacional de Defesa (END), que propõe o domínio completo dos ciclos de produção de satélite, lançamento e comunicação, e o Plano Plurianual (PPA 2012/2015), que prevê o desenvolvimento de oito satélites e o lançamento de 40 foguetes suborbitais e de treinamento.

Além da falta de foco, o Programa Espacial Brasileiro padece com a descontinuidade de recursos, desestimulando o interesse de fornecedores.

Pouco mais de uma dezena de países têm experiência com projetos espaciais e o Brasil ocupa a última posição no ranking mundial de competitividade espacial, segundo a Futron”s 2009 Space Competitiveness Index, levantamento internacional citado no estudo do Ipea.

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Folnte: Monitor Mercantil