O governo federal deve definir no próximo mês os valores a serem gastos com o desenvolvimento e a aquisição de satélites entre 2012 e 2016. Até o fim de agosto, a proposta será encaminhada ao Congresso Nacional, dentro do projeto de lei do Plano Plurianual (PPA) que está sendo elaborado. A afirmação é de Lúcia Falcón, secretária de Planejamento e Investimentos Estratégicos, do Ministério do Planejamento.

A expectativa é que o Brasil consiga lançar nos próximos anos o satélite nacional Amazônia 1 (previsto para 2013) e os dois satélites com a China, o Cbers 3 e 4 (previstos para 2012 e 2014, respectivamente). O gasto com o desenvolvimento e lançamento dos três satélites é estimado US$ 200 milhões. Segundo Marco Antônio Chamon, coordenador de gestão tecnológica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há recursos já empenhados para o desenvolvimento da tecnologia.

"A questão orçamentária para esses satélites é menos complicada", garante o coordenador. De acordo com ele, há orçamento definido no governo. "Todos os pedaços desses satélites já estão contratados na indústria", assegura, ao. o afirmar que a intenção é evitar, no futuro, "que não aconteça o que está ocorrendo agora, um período sem nenhum satélite sob o nosso controle no espaço".

Segundo avaliação do consultor legislativo Roberto de Medeiros Filho, o gasto brasileiro com satélites (abaixo dos US$ 150 milhões) é cerca de 10% do investimento feito por outros países emergentes, como China, Rússia e Índia.

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Fonte: Agência Brasil