A Fundação Maurício Grabois, o Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos e o PCdoB-PA e demais parceiros ligados à área de direitos humanos no âmbito nacional, estadual e local promovem nos dias 19 e 20 de maio de 2017, na Câmara Municipal de Marabá, o 1º Seminário Nacional de Memória, Anistia e Direitos Humanos do Araguaia. O jornalista e escritor Osvaldo Bertolino representará a Fundação Maurício Grabois, durante a mesa de abertura.

A abertura do evento acontece às 15h, com as presenças também confirmadas da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia (AGTA), Comissão da Verdade do Pará, Amazém Memória (SP), Ministério Público Federal, Comissão de Anistia, Comissão Pastoral da Terra, Universidade Estadual do Pará (UEPA), lideranças indígenas e políticas, entre outros apoiadores. O primeiro dia do evento será marcado por um ato público em memória aos 45 anos da Guerrilha do Araguaia, marcado para acontecer às 19h, na Câmara Municipal.

Estão confirmadas em Marabá as presenças de: deputada federal Luciana Santos (Presidenta Nacional do PCdoB), senador Paulo Rocha (PT-PA), deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Osvaldo Bertolino (Fundação Maurício Grabois), deputado estadual Lelio Costa (PCdoB-PA), Jorge Panzera (Presidente do PCdoB no Pará) e Paulo Fonteles Filho (Presidente do Instituto Paulo Fonteles).
 
  

Durante os dois dias de programação, serão debatidos temas envolvendo a memória dos desaparecidos políticos do Araguaia, com a participação de diversos professores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). A expectativa da Unifesspa é apresentar um estudo acerca do valor histórico, documental e arquitetônico do prédio denominado “Casa Azul”, justificando o pedido de tombamento do prédio ao Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). 

O prédio, localizado às margens da Rodovia Transamazônica, foi utilizado como centro clandestino de tortura e morte, na época da ditadura militar, de muitos guerrilheiros que atuaram no Araguaia e também de camponeses. Estima-se que tenham sido mortas mais de 30 pessoas, conforme denúncia publicada no Volume I do Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituída pelo Governo Federal.

Partiu da Unifesspa a iniciativa de instauração do grupo de trabalho Casa Azul, visando a preservação de um patrimônio material da memória coletiva da região e do Brasil, mantendo viva a memória das violações de direitos de um período antidemocrático de nossa história política recente.

As inscrições dos participantes poderão ser feitas no local do evento. Confira a programação!