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Em reunião ampliada do “Fórum dos Movimentos Sociais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)”, coordenada pela secretária da Mulher, Liège Rocha, realizada na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, na cidade São Paulo, na tarde de sexta-feira (11), três dirigentes comunistas nacionais analisaram as complexidades do desafio de mobilizar o povo para enfrentar o golpe. André Tokarski, secretário de Movimentos Sociais, explicou que a mobilização política de povo é fundamental para o enfrentamento ao golpe. E ressaltou que cada militante comunista nos movimentos sociais deve ter essa tarefa como prioridade. Para ele, essa atuação precisa estar inserida no conceito de formação de um bloco social, de uma corrente de atuação que interprete o ideal do PCdoB.

Nas condições impostas pelo golpe, avaliou André Tokarski, os movimentos sociais são decisivos para deter a marcha do consórcio que assaltou o poder. Ele registrou que, em pouco tempo, os golpistas avançaram com celeridade, promovendo regressão social e ataques à democracia. Diante desse cenário, reforçou, a mobilização política do povo cumpre papel importante na perspectiva de saída da crise. Esse é um desafio fundamental para os movimentos sociais, que precisa ser ampliado, destacou. Ressaltou, também, que essa atuação precisa de consistência e consequência para ser o sustentáculo de uma frente ampla de combate ao golpe e que aponte para o projeto de desenvolvimento do país.

Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB, fez comentou a natureza e a concepção dos comunistas sobre os movimentos sociais, enfatizando que um dos princípios de militância é o de atuar em unidade com as demais forças populares. Segundo ele, esse setor de mobilização do povo é parte importante da tática do PCdoB, inserida na perspectiva de luta ideológica da sociedade. E ressaltou que a questão precisa ser compreendida no âmbito da luta de classes do proletariado, a luta salário versus lucro, o combate à exploração e à opressão do trabalho. Sem descuidar, afirmou, da orientação de preservar a autonomia desses movimentos.  

Ronald Freitas, secretário de Finanças, fez um breve relato da importância da questão financeira para a ação do Partido. Explicou que os comunistas atuam produzindo ideias e ao mesmo realizando-as. Essa realização, enfatizou, só é possível com base material, uma premissa que precisa ser incorporada à prática militante. Freitas fez um breve histórico dessa questão, lembrando que o PCdoB sempre teve vida modesta e primou por sua conduta austera e de lisura. E ressaltou que a contribuição militante sempre foi, com variações ao longo da história, a base de sustentação das atividades dos comunistas. Atualmente, afirmou, está em curso uma campanha nacional com a meta de fazer o PCdoB ser autossustentável.