Destina-se a reunir elementos para reflexão crítica e elaboração teórica destes 100 Anos da Revolução Russa, tendo em vista os processos de profundas transformações no Brasil e na América Latina e apontar transmitir aos alunos o que a Revolução Russa de 1917 nos ensina. 

18/04/2017 a 09/11/2017
Sobre o evento 
Programação
18/04; 16/05; 07/06; 15/08; 14/09; 30/10; 07/11 e 09/11/2017, das 19h00 às 23h00

Local
18/04 e 16/05/2017 Auditório 117-A (Dom Paulo Evaristo Arns);

07/06; 15/08; 14/09; e 30/10/2017  Auditório 239 (Prof. Paulo Barros de Carvalho);

07/11/2017 TUCARENA;

09/11/2017 Auditório 134-C (Sala de Projeção)

Público Alvo
Cerca de 200 participantes, entre alunos, professores, funcionários, toda comunidade e pessoas afins. 

Promoção
APROPUC / Profa. Dra. Maria Beatriz Abramides.

 

SEMINÁRIO NACIONAL: 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA

PROGRAMAÇÃO

25/09/2017

15:00 às 16:00 – ATO DE ABERTURA, APRESENTAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO, RECEPÇÃO DOS PARTICIPANTES.
16:00 – CONFERÊNCIA: HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DA REVOLUÇÃO RUSSA: ANTIGAS E NOVAS ABORDAGENS.
Conferencista: Angelo Segrillo/USP
Debatedor: José Alves de Souza Junior/UFPA
18:00 – Debate

26/09
9:00 – PALESTRA: WALTER BENJAMIN E A HISTÓRIA: POR QUE LEMBRAR O CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO RUSSA?
Palestrante: Ernani Chaves/UFPA
10:30 – Debate
11 às 12:30 – MINI-CURSO: O TEXTO COMO PRODUÇÃO: MAIAKOVSKI TRANSCRIADO POR HAROLDO DE CAMPOS.
Ministrante: Márcio de Carvalho/UFPA
15:00 – MESA-REDONDA: REVOLUÇÃO RUSSA: INVENÇÕES, REPERCUSSÕES E ESTAGNAÇÕES.
Participantes:
Acácio Augusto/UVV
Insurgências anarquistas na Rússia (1905-1921) e a atualidade do combate ao terror de Estado.
A presença anarquista na Rússia czarista não se resume em ser a terra de nascimento de Bakunin. Desde o final do século XIX, como mostrou Paul Avrich, diversas associações anarquistas atuavam nas principais cidades. No auge das manifestações contra guerra, em 1905, anarquistas e outros militantes anticzaristas viveram o Domingo Sangrento. A perseguição que se seguiu motivou inclusive a criação de uma associação antiprisional, a Cruz Negra Anarquista. Após o golpe bolchevista, em outubro de 1917, essa perseguição não arrefeceu, os anarquistas seguiram como alvo do Estado, agora reformado. A última manifestação pública foi em 1921, no enterro de Kropotkin. A história da chamada Revolução Russa mostra que o comum à política moderna é o terror de Estado, seja este de esquerda ou de direita, democrático ou totalitário. Os anarquistas são essa força antipolítica que até hoje lutam contra o terror estatal. Eles são, a um só tempo, a recusa e o alvo dessa prática que caracteriza a política moderna. Essa é a atualidade que podemos captar ao retomar essa história centenária.
Camila Jourdan/UERJ
Socialismo libertário e os conselhos populares na revolução russa.
Os grandes acontecimentos que prepararam a Revolução Russa passaram pelos conselhos populares, assim como a permanência da revolução foi até suas capturas.
Rogério Nascimento/UFCG
A Revolução Russa vista pelo anarquista Florentino de Carvalho (1883-1947).
A Revolução Russa causou euforias e entusiasmos no movimento operário internacional. Não foi diferente no Brasil. Florentino de Carvalho, por sua vez, foi uma das primeiras vozes a alertar os trabalhadores, em seus artigos e livros, contra a nova tirania bolchevique.
Edson Passetti/PUC-SP
Revolução Russa: invenções e ajustamentos.
A Revolução Russa colocou uma nova possibilidade para a vida livre. Chegou a confundir os anarquistas. Basta lembrar que o Partido Comunista no Brasil foi fundado por um grande número de anarquistas. Todavia, em pouco tempo, lá na Rússia a partir das reflexões crítica de Emma Goldman e Alexandr Herz, assim como no Brasil, avistou-se o perigo ditatorial. A Revolução Espanhola de 1936, anarquista, sentiu na pele a traição soviética. As diferenças entre anarquismo e comunismo não são de meios como afirmou Lenin, mas entre meios libertários e autoritários. Agregue-se a isso o perigo da revolução constatada pelo Estado burguês que providenciou desde o século XIX a legalização da classe operária por meio do direito jurídico. Assim, em tempos que predominam os ativismos, o que é o militantismo radical? Seria o mesmo dos anarquistas do século XIX e da primeira metade do XX?
18:30 – SESSÃO LITERÁRIA: LEITURA DRAMÁTICA DE POESIA RUSSA NA ÁREA EXTERNA DA CAPELA ECUMÊNICA, ÀS MARGENS DO RIO GUAMÁ.

27/09
08:30 – RODA DE CONVERSA: MEMÓRIAS COMUNISTAS.
Com Alfredo Oliveira (escritor), André Nunes (escritor), Hecilda Veiga/UFPA (socióloga).
Mediadora: Dulce Rocque/Associação Cidade Velha Cidade Viva.
10:00 – PALESTRA: A REVOLUÇÃO RUSSA E SEUS DESDOBRAMENTOS NA AMÉRICA LATINA.
Palestrante: Jean François Tible/USP
Debatedores: Pere Petit/UFPA, Lúcio Flávio Pinto/Jornal Pessoal, Marly Silva/UFPA.
14:30 – MESA-REDONDA: REVOLUÇÃO RUSSA, SOVIETES E REFLEXÕES ACERCA DA DEMOCRATIZAÇÃO.
Essa mesa-redonda tem como propósito pensar sobre a relação entre revolução e democracia. Se compreendemos que a revolução é fundadora de diversas formas de democratização, em que medida é possível discutir a questão democrática no início do século XX como desvinculada da questão revolucionária?
Participantes:
Thais Aguiar/IESP/UERJ
Marcos Del Roio/UNESP
Cassio Brancaleone/UFFS
Celso Vaz/UFPA
17:00 às 18:30 – MINI-CURSO: A REVOLUÇÃO NA REVOLUÇÃO: ANARQUISMO E CAMPESINATO NA REVOLUÇÃO RUSSA – OS CASOS DA MAKHNOVITCHINA E KRONSTADT.
Ministrante: Fabiano Bringel/UEPA/ITHA/FACA

28/09
9:00 – MESA-REDONDA: REVOLUÇÃO RUSSA: ARTE, MULHERES E UM ACONTECIMENTO LONGÍNQUO, O JAPÃO.
Participantes:
Gustavo Simões/Nu-Sol/PUC-SP
Arte e revolução: o desconcerto anarquista.
A arte na Revolução russa passou por grande transformação para depois sucumbir diante do realismo socialista. Enquanto essa reversão ocorria nos Estado Unidos surgia com John Cage a prática anarquista na música. A arte sempre foi pouco realçada pelos historiadores anarquistas, apesar de presente de forma decisiva desde a Comuna de Paris com Gustave Courbet.
Flávia Lucchesi/Nu-Sol/PUC-SP
Mulheres em revolução pelas ruas incendiárias do planeta.
Entre anônimas e figuras conhecidas, pretende-se mostrar as práticas e embates vividos por mulheres anarquistas durante a Revolução Russa. Indo desde as ações terroristas de Vera Figner, no enfrentamento ao Império, passando pela presença e prisão de Fanya Baron e pela presença e reflexões de Emma Goldman – ambas que aportaram novamente em terras russas, após perseguições na democrática América –, até os efeitos internacionais dos escritos da russa Marie Goldsmith na impressa libertária francesa.
Entre anônimas e figuras conhecidas, agora no contexto do início século XXI, pretendese analisar as ações diretas e os embates vividos pelas integrantes da Pussy Riot.
Luiza Uehara/Nu-Sol/PUC-SP
A irrupção do anarquismo no Japão
Terremotos, vulcões, tsunamis irrompem sem aviso prévio. O Japão, território instável, de tempos em tempos é acometido por alguma ação que escancara a imprevisibilidade da natureza. Interessa apresentar os anarquistas no Japão como um surpreendente que explode diante do kokutai (costumes japoneses de subserviência ao governo que remontam à era Tokugawa [1603-1868]). Os anarquistas estavam atentos aos acontecimentos na Rússia desde a guerra com o Japão, quando Kôtoku Shusui afirmou que era necessário a união entre trabalhadores russos e japoneses para acabar com as misérias e atrocidades da guerra. No final da Segunda Guerra Mundial, anarquistas se rearticularam atravessados pelos efeitos das bombas de Hiroshima e Nagasaki.
Associaram-se em torno da Federação e até hoje eles têm como um de seus alvos a energia nuclear e realizam suas ações para jamais esquecer que é na tentativa da colonização da natureza e da vida que se produzem as guerras, como já trazia Kôtoku.
11:30 – LANÇAMENTO DE LIVROS & REVISTAS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS.
14:30 – SESSÃO DE CINEMA RUSSO.
18:00 – Peça teatral/Ato. Área externa da Capela Ecumênica, às margens do rio Guamá.
Locais: Auditório Arlindo Pinto/ICB, Campus Básico da UFPA, Belém-PA.
Área externa da Capela Ecumênica, Campus Básico.

REALIZAÇÃO: PROJETO CONFRONTO DE IDEIAS/FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS/INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS/UFPA.
APOIO: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E
ANTROPOLOGIA, PROPESP, PROEX, UFPA 60 ANOS.