Reunidos na manhã desta terça-feira (26) em Brasília, lideranças de partidos de esquerda como os ex-candidatos à Presidência Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) e o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), avaliam que o governo federal sofre um desgaste precoce, insiste com políticas antipopulares, como a Reforma da Previdência, e possui despreparo preocupante.

Na ocasião lançaram um manifesto condenando a iniciativa do presidente de “comemorar” o aniversário do golpe militar de 1964, no próximo dia 31.

“Manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios”, diz trecho do documento divulgado à imprensa.

O texto também afirma que o grupo não aceitará a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para a vivência democrática.

Reforma da Previdência

A carta assinada pelas lideranças também pede mobilização da sociedade mediante os retrocessos trazidos pela proposta de Reforma nas aposentadorias.

“Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos”, diz trecho do documento.

Participam também do encontro Sônia Guajajara, ex-vice de Boulos e Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba.