Rabelo mediou a discussão que contou com as presenças do diplomata e ex-Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, do professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e da UFRJ, Luis Fernandes e do professor da Universidade Federal do Piauí, da Universidade Federal Fluminense e membro da Associação Brasileira de Estudos da Defesa, Manoel Domingos Neto.

O presidente da Fundação Maurício Grabois pontuou a conjuntura política brasileira no contexto internacional e afirmou que o fenômeno do neo-fascismo, que caracteriza os setores da ultra-direita no Brasil, surge em situações de crise profunda do sistema capitalista. 

Em sua intervenção, Luís Fernandes destacou a mudança na correlação de forças internacional, a partir de uma ”profunda e acelerada transição estrutural na ordem mundial, com erosão do poder relativo das “potências dominantes” do século XX e ascensão de polos mais dinâmicos na antiga periferia do sistema, com destaque para a China”.

Fernandes, que também é membro do Comitê Central do PCdoB, apresentou dados comparativos dos anos de 1992 e 2017 do peso dos PIBs nacionais na economia mundial. Além de números relativos aos investimentos em Ciência e Tecnologia, composição monetárias das reservas oficiais em moeda estrangeira, gastos militares, produção audiovisual e sobre o comércio do Brasil com outros países.

O ex-chanceler Celso Amorim defendeu em sua intervenção a multilateralidade e a multipolaridade nas Relações Internacionais. A multilateralidade significa respeito aos tratados e  convenções internacionais, entre outros instrumentos. Já a multipolaridade diz respeito a não existência de um único polo de poder, com apenas um ou dois países que se expressem como potências mundiais.

Manoel Domingos Neto fez uma análise da ascensão da extrema-direita em diversos países, sua relação com a crise sistêmica do capitalismo, e apontou os imensos desafios da luta contra-hegemônica.

Assista à íntegra do debate promovido pelo IBEP – Instituto Brasileiro de Estudos Políticos, cujo tema foi “O BRASIL NA ORDEM MUNDIAL”.