Juruna lembra que enviou um exemplar para o prefeito eleito de São Paulo, João Dória Jr. “Eu fiquei sabendo que o novo prefeito queria acabar com os grafites na cidade. Resolvi então presenteá-lo com esse livro, para que ele visse como o grafite é uma arte. E deve ser preservada”, explica. E prossegue, “O prefeito recebeu, me telefonou agradecendo e me garantiu que não irá acabar com os grafites da cidade”.

Juruna diz que suas caminhadas com sua companheira Carolina e a cachorrinha Susie pelo bairro de Pinheiros eram marcados pela admiração com os grafites que cobriam os muros. Embora o bairro de Pinheiros seja pioneiro na valorização dessa arte de rua, por ter uma população de artistas como moradores, a gestão do prefeito Fernando Haddad promoveu a valorização desta arte, inclusive contratando artistas de todo o mundo para colorir a cidade, assim realizando eventos sobre o tema. Com isso, hoje, a cidade conta com painéis preciosos espalhados por seus quatro cantos.

“Minhas andanças por ali reforçam-me a consciência de como o tempo livre é fundamental. Lembro que não foi sem luta, sem o sacrifício de tantos e tantos que os trabalhadores conquistaram o direito a algum tempo livre, nas férias, nos fins de semana ou até em alguns momentos do dia útil”, diz o sindicalista, lembrando que seu livro é editando no ano em que se celebram os 130 anos do Dia do Trabalhador, o Primeiro de Maio. 

O livro divide as fotografias entre murais, imagens abstratas ou surreais, retratos, animais e detalhes. Serve também como um útil guia de onde encontrar belas imagens pela cidade. Cada imagem é identificada pela rua onde se encontra. 

 

Juruna é o atual secretário-geral da Força Sindical e 2o. vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Ouça entrevista de Juruna à Agência Sindical sobre o livro:

Veja uma galeria com imagens do livro: 

Arte de Rua