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Osvaldão pré-estreia em Salvador, nesta terça (19)

Filme sobre o líder da Guerrilha do Araguaia chega a cidade mais negra do Brasil, Salvador. Segundo Caio Botelho, dirigente da UJS que participa da organização da pré-estreia, o recorte sobre o tema da Guerrilha do Araguaia, ao homenagear um comandante negro, para além de comunista e revolucionário, é especial e importante para uma cidade onde 90% da população tem origens africanas. “Trazer esta história ao cinema para os soteropolitanos significa falar de Osvaldão para além da nossa militância”, destacou ele.

A pré-estreia será nesta terça-feira (19/01), no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha (Praça Castro Alves, no Centro), às 21h, e contará com as presenças dos diretores do longa-metragem: Ana Petta, André Michiles, Fábio Bardella e Vandré Fernandes. Após este evento para jornalistas, dirigentes, apoiadores e acadêmicos, entre outros, Osvaldão deve entrar em cartaz no dia 28 de janeiro.

A pré-estreia na capital baiana será aberta ao público – principalmente para os financiadores – e os convites serão entregues antes da sessão, por ordem de chegada (a sala de exibição tem capacidade para 179 pessoas).

O filme chegou aos cinemas de várias cidades do país, devido a uma campanha de doações para financiar a distribuição. A campanha foi feita por meio da plataforma Catarse, superando a meta em cidades como Salvador. A secretária de Políticas para Mulheres da Bahia, Olívia Santana, declarou seu apoio à campanha, contribuindo para aumentar a arrecadação:

Os 90 minutos de duração retratam a trajetória de vida de Osvaldo Orlando da Costa: negro, nascido no interior de Minas Gerais, campeão de boxe no Rio de Janeiro, que chegou a estudar Engenharia na Universidade de Praga (República Tcheca) e se tornou uma figura lendária pela atuação na guerrilha do Araguaia. Quadro do Partido Comunista do Brasil, teve treinamento na China e voltou ao Brasil para ser um dos principais guerrilheiros do país.

Osvaldão foi o primeiro combatente a chegar ao sul do Pará, em 1967, com a missão de implantar uma guerrilha junto com outros companheiros no Araguaia. O maior conhecedor da área entre os militantes que lutavam morreu em 1974, com 35 anos. Teve sua cabeça decepada, exposta ao público, e sua ossada continua desaparecida até os dias de hoje, assim como seu filho, Giovani, levado por militares, na época com quatro anos.

Com esta trajetória, Osvaldão se transformou em um dos exemplos mais extraordinários de dedicação em defesa da liberdade. A história é contada através de depoimentos e com o material que o pai dele conseguiu esconder das Forças Armadas. De acordo com os diretores, a narrativa foi construída uma abordagem humana, repleta de poesia.