Durante a sua intervenção no Congresso da União Internacional de Proprietários Urbanos (UIPU), o economista explicou que existem ainda pontos negativos na recuperação das economias da moeda única, entre os quais “o crescimento potencial muito baixo, entre os 0% e 1%” nos próximos anos.Ainda assim, Roubini sublinhou que esse potencial de crescimento pode ser aumentado com reformas estruturais, referindo medidas relacionadas com o mercado de trabalho, política de imigração, disciplina orçamental, viragem para o sector dos bens transaccionáveis e aposta na educação e formação dos portugueses. “Há muitas coisas que se podem fazer para que esse crescimento potencial seja superior a 1%.”

Outros pontos negativos identificados por Roubini passam pelo facto de a retoma ser provavelmente demasiado frágil na maioria dos países periféricos, a dívida estar perto de ser insustentável, os défices estarem a cair essencialmente por efeitos cíclicos, os custos laborais terem ajustado pouco, o euro ser ainda demasiado forte e ainda existir um ‘credit crunch’ na banca.

No entanto, identificou também pontos positivos, considerando que estamos a observar o “início do fim da recessão”. “O ajustamento orçamental foi duro, mas estão a ir na direcção certa”, afirmou, citando reformas no mercado laboral, cortes na despesa, avanços na integração europeia e uma redução dos défices comerciais e orçamentais.

Publicado no Jornal de Negócios