GOLPISMO EM CURSO: É PRECISO ABORTÁ-LO
É PRECISO CONQUISTAR AMPLA HEGEMONIA NA INTERNET E NAS RUAS PARA ABORTÁ-LO!

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Temos participado das manifestações em São Paulo desde o início. Num primeiro momento, a imprensa, atordoada, pediu repressão violenta, e o governador do estado atendeu servilmente.  Os Editorais da Folha de S. Paulo e d’O Estado de S. Paulo exigiram truculência para conter os manifestantes.

O resultado da violência que atingiu inclusive jornalistas em  escala nunca imaginada foi que a população, que antes se opunha, passou a simpatizar com o movimento. A imprensa bipolar, então, decidiu fazer o caminho inverso: apoiar e até convocar as manifestações. Ontem, o ex-jogador Neto, em seu programa, convocava torcedores para a manifestação em Campinas, em São Paulo e restante do Brasil.

Acrescidas pelo incentivo da mídia e pelas convocações via internet, as manifestações ultrapassaram as razões de origem, as tarifas de transporte público, e romperam as comportas de demandas justas, represadas por anos de respostas mal dadas pelos governantes.

Nesse momento, setores ultraconservadores, fascistas e golpistas, viram nos protestos uma oportunidade de conquistar por meio de ações diretas o que não conseguem há anos: vencer eleições. Isso se agrava pelo fato de o PSDB ter-se esgotado como veículo de encaminhamento político das demandas conservadores. Noutras palavras, os setores conservadores e ultra-conservadores, em face da oportunidade e da falência de seus partidos, entre os quais o citado anteriormente, decidiram partir para ações diretas que, na crista da onda dos protestos, são agora canalizados contra Dilma.

Hoje, neste exato momento, há uma profusão de mensagens viajando pela internet  pedindo: renúncia da presidenta, destituição com assunção de Joaquim Barbosa, invasão do Palácio do Planalto. Seria enfadonho aqui citar algumas, pois quem tem conta nas redes sociais as estão recebendo em massa.

Ontem na avenida Paulista houve uma forte tensão na luta por espaço.  No início da concentração, um grupo violento e agressivo tentou impedir que manifestantes abrissem suas bandeiras. Houve empura-empurra, algumas bandeiras foram tomadas de manifestantes e queimadas ou rasgadas, porém, as bandeiras surgiram de todos os lados, se concentraram e a passeata, que foi estimada em mais de 100 mil, teve predominância dos setores democráticos, que resistiram às provocações, a tapas, a murros, e não revidaram.

Houve ali, nas ruas, uma luta acirrada pelo espaço simbólico, mas também de poder. Não  houve vandalismo, pois a imensa passeata de bandeiras vermelha era em sua maioria composta por trabalhadores, organizados em suas entidades de classe, estudantis, ongs, entre outras.

Porém, o grupo minoritário e violento, que ali sofreu uma derrota, orientava seu foco não para reivindicações justas, mas para a derrubada da presidente, entre outras palavras de ordem que compõem o ideário ultraconservador, sem lideranças assumidas e sem canais – e até contra eles – para manifestar, nos marcos da democracia, suas demandas, uma vez que seus partidos estão atordoados e praticamente falidos.

Conversando com militantes do Fórum, fiquei encarregado hoje de apresentar nossas apreensões e propostas para superar esse momento delicado, em que o golpismo mostra a cara com toda sua face violenta e cruel.

PROPOSTA 1: VENCER A GUERRA HOJE ESTABELECIDA NA INTERNET. É preciso e ABSOLUTAMENTE DECISIVO que todos o militantes sindicais, estudantis, culturais, de associações, jovem etc. mobilizem o máximo de suas forças nas redes sociais  para vencer a onda golpista que se espalha via internet e que ganha as ruas já com essa orientação fixada: de predar patrimônio público, criar clima de caos e formar a placenta do golpe.

PROPOSTA 2: TOMAR ORGANIZADAMENTE AS RUAS. Convocar todos os democratas, trabalhadores, estudantes, profissionais liberais a tomarem as ruas. Para nde uma manifestação for convocada, é preciso que, ali, os TRABALHADORES ORGANIZADOS SEJAM AMPLA MAIORIA pacífica, contrária, ao vandalismo, às provações de força bruta e ao golpe, e em defesa de MUDANÇAS ESTRUTURAIS que acolham as demandas que, num só jorro, por que represada, ganham as ruas.

É PRECISO CONQUISTAR AMPLA HEGEMONIA NA INTERNTE E NAS RUAS PARA ABORTÁ-LO!

Jeosafá
Pela Coordenação do

MUDAR SÃO PAULO

Fórum de Cultura e Educação