O resgate dos anos de chumbo que marcaram o Brasil de 1964 a 1985 veio à tona no último sábado, 31, na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul (SC), com o lançamento da reedição do “Livro Negro da Ditadura Militar”, organizado pelo professor Divo Guisoni, envolvido diretamente na elaboração da primeira edição do livro, em 1972.

A iniciativa contou com a apresentação do sociólogo, mestre em Engenharia de Produção e diretor executivo do Centro de Inovação e Pesquisas Tecnológicas (JaraguáTec), Victor Alberto Danich.

Guisoni e Danich foram destacados militantes da imprensa clandestina e alternativa entre os anos de 1960 e 1980. Victor Danich falou sobre a ditadura militar na Argentina, seu país de origem. Após apresentação de Guisoni e Danich, houve sessão de autógrafos.

O lançamento da obra histórica foi organizado pelo professor da Católica de Santa Catarina e da Uniasselvi/ Fameg, Jeison Giovani Heiler, mestre em Sociologia Política pela UFSC e doutorando em Ciência Política pela Unicamp.

Cinquentenário

A reedição acontece no ano em que transcorre o cinquentenário do golpe militar, no fatídico 31 de março de 1964. Com uma capa impactante, assinada por Elifas Andreato, a obra traz 200 páginas de denúncia viva e captura em flagrante delito as atrocidades que a ditadura cometia no país.

Produzida numa parceria entre a Editora Anita Garibaldi e a Fundação Maurício Grabois, a obra traz em fac-símile a capa do “Livro Negro”, tal qual ele circulou em sua época. 

A obra também vem acompanhada de um livreto com depoimentos daqueles que foram responsáveis pelo corajoso trabalho de publicação em 1972: Bernardo Joffily, Carlos Azevedo, Divo e Raquel Guisoni, Duarte Pereira, Elifas Andreato, Jô Moraes e Márcio Bueno Ferreira. A releitura do “Livro Negro da Ditadura Militar” tem a missão de esconjurar para sempre um passado sombrio, e de reforçar a convicção democrática do povo brasileiro de que golpe, ditadura são flagelos que não podem se repetir.

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