O céu – um sino.
A lua – língua.
Mãe – pátria minha.
Eu – bolchevique.

Onde tudo é amigo,
Tudo lindo, rindo,
Eu canto o fim do
Mundo antigo.

Alto e bom som
Retumbe na tua
Tumba o sino azul
Como aquela lua.

Mundo de amar,
É boa a espera.
Ouço no ar
Nova era.

1918

(Tradução de Augusto de Campos)

Poesia russa moderna – Nova antologia
Traduções de Augusto e Haroldo de Campos
Com a revisão ou colaboração de Boris Schnaiderman
Editora Brasiliense – edição 1985