a morte espia da soleira da porta
e congela o amor

a cama outrora molhada
é limbo lágrima e solidão

a morte espia da soleira da porta
pontua cada gesto
e esforço de sorriso

as cordas do relógio
se negam em parar as horas
o ponteiro estanca a luz do abajur

onde andarão os  sonhos da manhã?

a morte rompe a porta
congela nossos olhos
vitrifica a vida